quarta-feira, 2 de novembro de 2011

É bom ser racionalista cristão!



O papel primordial do Racionalismo Cristão é auxiliar a humanidade, retirando da atmosfera da Terra espíritos obsessores, aos quais as criaturas, por desconhecimento, insistem em invocar na vã esperança de que as possam ajudar.
Através da Limpeza Psíquica no lar, em reuniões públicas nas casas racionalistas ou em reuniões particulares de desdobramento, o RC depura o ambiente terreno, evitando desse modo a má assistência astral sobre as criaturas do planeta.
O RC não interfere na política interna dos países do Globo, respeitando costumes e tradições pontuais, mesmo as que julgar bizarras e desumanas, por entender que todos tem livre-arbítrio para conduzir suas vidas. O Racionalismo Cristão orienta, educa, espiritualiza os povos sem nada impor ou cobrar.
Todas suas ações são praticadas sob a coordenação do Astral Superior em conjunto com criaturas do bem encarnadas na Terra, sob  rigorosa e salutar disciplina. Nada foge ao controle dos espíritos superiores que supervisionam a doutrina do plano astral.
O RC tem a receita da felicidade que todos almejam, resumida por seu Presidente  Astral, Antonio Cottas, em três coisas simples:  fazer apenas o que é correto, promover o bem e não fazer ninguém sofrer, inclusive a si próprio. Desse modo, ao se processar a lei de causa e efeito, receberá a criatura, na razão direta de suas práticas na vida, os benefícios que implementou, única forma de se livrar do mal.
Ninguém nos livra do mal senão nós mesmos. A Força Criadora (há quem chame de Deus, Alah, Tupã, Manitu, Elohim, Eloah,  Buda,  Shalon, Jeová, Theos, Zeus, Adonay, Senhor, etc etc... seja qual for a denominação que lhe deem as religiões)  Grande Fóco do qual somos uma infinitéssima partícula nos concede o livre-arbítrio. Se usarmos nossa inteligência, ainda que em pensamento (que é uma força saturada de poder) para o mal, decerto receberemos tudo de volta. Ninguém planta alface para colher abacaxi. Colhe-se o que se planta.
O RC ensina as criaturas a enfrentar as adversidades a que todos estão sujeitos na vida, a não perder tempo e superar o quanto antes os obstáculos que se interpõem entre os momentos de paz e felicidade. Logo, ensina que se busca a felicidade a criatura tem que superar o quanto antes os problemas que a infelicitam e não adiar esse enfrentamento, que significa também adiar o encontro com a paz e alegria.
O dia chegará que essa verdade prevalecerá. Pode durar milhares de ano na cronologia humana, que nada significa à contagem do tempo na vida fora da matéria. A evolução não dá saltos, processa-se lentamente no calendário humano. O importante é não desistir, seguir em frente, mudar maus hábitos por outros bons, ter sentimentos positivos (amizade, bondade, amor, ternura, paz, bem-querer, gratidão, afeto etc etc) e eliminar  os negativos (ira, ódio, rancor, inveja, vindita, egoísmo, orgulho e tantos mais).

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A ultima encarnação

Dia desses, o goiano Jurandir Pereira fez publicar na Racionalista (fórum de racionalistas cristãos na internet) uma afirmação de Luiz de Mattos que nos ajuda a entender quando será nossa ultima encarnação no plano Terra.
Confesso que me arrepiei ao terminar a leitura, pois não conhecia aquele pensamento e o Jurandir não deu a ele o mesmo trato que eu. Em resumo: atirou no que viu e acertou no que não viu. ... Diz o seguinte:
"Nos espíritos integrantes da camada superior refulgem as vocações
idealistas, destacando-se não só o alto interesse que nutrem por toda a
humanidade, como o domínio das vibrações produzidas pelos conflitos humanos, principalmente na etapa final da evolução terrena, em que a sua
espiritualidade se revela acima da mentalidade comum existente no Planeta". (Luiz de Mattos).
Cheguei a seguinte conclusão: então é assim!!! Nosso tempo de evolução na Terra chega ao fim  quando nossa espiritualidade se revela acima da mentalidade comum. Cheguei a dar pulos de alegria. Oba!, minha última encarnação! Até me imaginei (vejam que presunção!) do Astral Superior, tal a consciência de meu comportamento diante das vibrações dos conflitos humanos de toda sorte.
Malcontente comigo mesmo,  apelei para os bons ofícios de Caruso Samel. Ligo e ele atende já me identificando pela voz, quiçá pelo sotaque ou a Bina. Falo acerca das minhas conclusões, reafirmando  minha insuficiente capacidade de entender as coisas terrenas quanto mais quando advém do espaço sideral, de outros mundos, especialmente os de matéria fluídica. Elegante como sempre e modesto como a situação exigia, não me estimulou. Tampouco tolhiu:
“Quanto ao texto de Luiz de Mattos abaixo cotejado, reverencio-me humildemente,
e digo, como o grande Sócrates, “que o que sei é que nada sei”. Mas, todos nós
temos, inatos e latentes em nosso espírito, os luminosos e supremos ideais da vida
e da harmonia universal”.
Caruso tinha tudo pra marcar um golaço, sem goleiro, só ele e as traves. Mas preferiu me devolver a bola, cá longe, marcado por seis. Não sei, vou chutar. Seja o que deus quiser (convecionamos que deve ser assim também, outro dia explico). Lá vai bomba...
Ora, com todo respeito ao Jurandir (ao qual devo a felicidade desse achado), penso que Luiz de Mattos quis nos dar uma direção, um sentido, um caminho. Já sabemos por silogismo que os espíritos superiores refulgem as vocações idealistas. Chamou-me a atenção para o fato de Luiz de Mattos ter utilizado a expressão “camada superior” ao invés do coletivo Astralo Superior, que bem sabemos ser  a aglutinação de espíritos superiores e não um local específico, uma camada superior.
Camada aqui, assim explicado pelo Mestre, pode ser um ponto próximo ao que se encontram os espíritos do Astral Superior. Então, faz sentido concluir que a etapa final da evolução terrena está relacionada à nossa capacidade de bem-querer a humanidade, de dominar as emoções acerca dos conflitos humanos.  Daí, quando nossa espiritualidade se revela acima da mentalidade comum existente nesse planeta, terá sido concluída nossa evolução na Terra. E a mentalidade comum tem se revelado tão material, tão arraigada e apegada ao plano Terra que não seria demais pensar que para os autênticos racionalistas cristãos é chegada a hora de evoluir em outros planos, de não voltar mais à Terra.
Discordo, pois, humildemente do Mestre Caruso a quem tanto estimo e respeito porque sei que sabe, e sabe muito a respeito. Eu pensei que sabia o sentido da frase de Luiz de Mattos que Jurandir reproduziu. E festejo essa descoberta, reafirmando minhas convicções de que preciso estar sempre alerta para fazer jus a semelhante júbilo, ter  processado minha evolução no plano terrestre, pelo que lutei toda vida.
É com satisfação e humildade que chego a essa conclusão, pela eliminação da dúvida e pela certeza de nutrir apenas pensamentos de valor.

sábado, 20 de novembro de 2010

Filial Butantã, um colosso do Racionalismo Cristão

O bom de ser racionalista cristão é que nunca estamos sozinhos, e nenhum lugar nos é estranho.  Não só pela  assistência permanente dos boníssimos espíritos superiores, aos quais estamos sempre conectados. Eu me refiro, sobretudo,  a esses oásis da doutrina aqui na Terra, que são as casas racionalistas cristãs. Não há diferença entre elas, a não ser pelo conjunto arquitetônico. Todas recebem a mesma intensidade de luz astral e assistência superior. Nós,  imperfeitos que somos, fazemos as diferenciações.
Foi assim quando conheci a filial Butantã, em São Paulo. Poderia ter contido a fortíssima emoção que senti, mas deixei fluir os bons sentimentos e a justificada alegria de estar ali. E deliberei compartilhar com vocês um pouco daquela satisfação, recomendando-lhes que a elevem às máximas potências. E ainda assim não se dimensionará a força, o gigantismo da aura benfazeja que reina no Butantã.
Tomei sim um chá de esquina (marquei ali com o mestre Caruso Samel  - irmão do amantíssimo Cyro -  e me antecipei), escalado para presidir a reunião pública duma segunda-feira.  Gente, que militância maravilhosa aquela ali. No Butantã pude constatar que não existe hierarquia, porque o homem escolhido pelo Astral Superior para presidir a filial  é dotado de virtude singular e simplicidade ímpar.
É assim quando estamos diante de um espírito superior,  envolto em puríssima luz astral, como os magníficos colegas do Butantã, dentre os quais nomeio o presidente Sydney Mossim para que recebam  por seu intermédio a expressão mais profunda  do meu bem-querer e  admiração.
Quanta simpatia Sydney e digníssima sua esposa transmitem. Que dizer da acolhida e prestatividade, tudo fazendo para proporcionar repetidas vezes os instantes de paz e bem-estar que exageradamente  proporcionam. Um excesso de luz e calor humano, que culmina no encontro com Nivaldo, ex-militante de minha sempre e querida filial de Niterói e que presentemente empresta sua sabedoria e colaboração no Butantã.
O Butantã é um filial especial para mim, onde o mestre Caruso Samuel, tão bissexto em suas doutrinações, queria me transferir a presidência justamente quando era eu e tantos mais que estávamos  ávidos e saudosos de sua doutrinação.Eu que não perderia por nada a oportunidade de ver Caruso em ação.
Cada vez mais me convenço de que presidir uma reunião do RC  é um instante único, que não se renova, apenas principia a cada atuação. Esse é o nosso papel.
Sydney Mossim, renomado companheiro, amigo e irmão, meu coração está festejante de alegria e paz ao verificar que superaram  adversidades pelo progresso alcançado por vocês, não apenas no Butantã que ora consolidou, mas por seu esforço na Grande São Paulo, em colaboração com o queridíssimo amigo e conterrâneo Herval Tavares, que traz nossa Campos até no nome.
Sydney Mossim não está se preparando para ser um expoente da doutrina. Ele já o era antes de deliberar reencarnar aqui e trabalhar pela humanidade. E não poderia ser diferente, na terra em que militou outro Mestre Antonio, o Flor.
Essa turma do RC no Butantã tinha que ser  mesmo cobra no ofício!

Quase impossivel, mas recuperei a senha

Amigos, privei vocês de minhas postagens por bom tempo...
Pensaram que haviam se livrado de mim? Que nada, a muito custo recuperei o acesso e estou de volta, com maltraçadas linhas, umas tortas, outras direitas, feito rama de mandioca.

sábado, 11 de setembro de 2010

Quem tem medo de pensar?






O ser humano confia ser operado por um bom cirurgião. Igualmente, confia no bom construtor para edificar onde vai morar ou no bom professor para que eduque seus filhos.
Quer dizer: confia e acredita que essas pessoas sabem aplicar bem a técnica e conhecimentos adquiridos para as profissões que abraçaram.
.Mas quando se deparam com a Lógica torcem o nariz. Não confiam. Pior, desacreditam, tem pavor e medo. Quando a Lógica se dedica a estudar religiosidade, vira sacrilégio. Isso porque, por silogismo, fará descobertas morais fantásticas e compreenderá que a Força Criadora, a Inteligência Universal (podem chamar de Deus, Alah, Buda, do que quiserem) criou leis naturais e imutáveis, comuns a todas as pessoas. Se não muda nunca, não quebra galho, nem perdoa , nem castiga. Tampouco carece de súplicas e preces.
Eu digo às pessoas que confiam na ciência que fazem muito bem, estão no caminho certo. O corpo humano precisa de higiene, alimentação, proteção e abrigo.
Mas o espírito, a alma que habita esse corpo humano, como queiram, que é imortal, não devem confiar a ninguém senão a si mesmo, aos seus bons e destemidos pensamentos.
Digo destemido porque as criaturas não devem temer castigos divinais quando está meditando, ou seja: quando seu espírito está concentrado em alguma coisa, em algum fim, fazendo descobertas que contrariam convenções e fatos.
Se o ser humano não usasse o raciocínio e a partir dele fizesse experiências, não teríamos o conforto e as facilidades de que a humanidade tanto usufrui ano após ano. Se temos quem se dedique a pensar e criar facilidades para nossas vidas,  melhor que também nos dedicamos a pensar também.
As religiões há milênios dominam mentes preguiçosas, com suas idéias de salvação e perdão, de céus paradisíacos e infernos tenebrosos. É que pessoas medrosas são mais fáceis de dominar, de explorar e escravizar. O medo do inferno, por exemplo, é pior do que o medo da morte, como se o corpo físico pudesse ser transportado para o inferno e arder em chamas.
Vamos pensar um pouco. Só um pouco: a alma é imortal, quer dizer, nada lhe destrói. Se existisse o inferno, nada aconteceria à alma/espírito. Nadica de nada, não faria nem cosquinha e ela permanecerá vivinha da silva, melhor dizendo: imortal.
A verdade é quando está fora da matéria, o espírito se liberta do véu que encobria todos os acontecimentos pretéritos e se envergonha do que praticou em sua encarnação. Não adianta ter recebido extrema-unção, benção ou perdão, missais de sétimo dia, mês ou ano, estará diante do tribunal de si mesmo,  do eu comigo, ocasião em que constata seus erros e acertos, num ambiente de paz absoluta.
Se for um Hitler da vida, se envergonhará das atrocidades que produziu e desejará se redimir, porque o espírito em essência, em seu mundo, é bom, sabe que somente pelo bem alçará mundos superiores. Então ansiará reencarnar a qualquer custo, não importando as condições. Ciente das culpas e sabedor de que somente superando grande dor e sofrimento alcançará a evolução,  aceita reencarnar num corpo em condições severas e adversas, como um aleijão miserável, um portador de doença terrível e incurável e de preferência próximo às pessoas que mais comungaram de suas atrocidades em sua ultima vida física pretérita.
Se for uma  Agnes Gonxha Bojaxhiu (madre Teresa de Calcutá), além de ter sido imediatamente alçada e conduzida para um mundo de luz puríssima, bem acima dos que  se dedicaram a produzir apenas o bem, é diferente. Não terá do que se envergonhar..  Agnes cumpriu fielmente o papel traçado no Astral Superior, pois sequer necessitava reencarnar, mas se ofereceu para esse sacrifício.
Por silogismo temos que Hitler já reencarnou aqui, entre os judeus, vivendo em condições de extrema penúria sem saber a razão. Certamente filho de algum judeu traidor, que também merecia ter um filho em condições terríveis. Uma coisa é certa: nada de bom espera por ele. 
Por essas e outras que as religiões não admitem a reencarnação e atuam no sentido de ridicularizar. Religiosos de toda sorte fazem perguntas a si mesmos sobre a espiritualidade, respondem das formas mais absurdas e continuam escravizando criaturas que têm preguiça de raciocinar. E quanto absurdos e alegorias assistem em filmes e novelas, mais convencimento adquirem.
Na próxima postagem vou falar sobre essas produções.




terça-feira, 24 de agosto de 2010

O RC e as eleições




Entendo que a disciplina racionalista cristã que recomenda não promover campanhas políticas em nossas casas (Capítilo 2 do PRC 13)  vem sendo interpretada de forma equivocada pela maioria de nós.
Sendo uma doutrina que consagra a evolução das criaturas,  não haveria de estimular o analfabetismo político, impondo aos militantes o afastamento de um processo eleitoral que diz respeito às suas vidas. Não, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. A preocupação maior da doutrina tem sentido mais amplo, abrangente e pensa o RC como instituição do mundo inteiro.
Penso que quando as forças superiores intuíram no sentido de fazer constar da disciplina a proibição (é proibição mesmo!) de se promover campanhas políticas no RC miravam no futuro da doutrina, na sua ascensão por diferentes povos e nações, cada qual com seu costume e crenças e não no varejo das preferências eleitorais de cada militante.
A referência, é claro, está estrita à condição de estado, de soberania das nações onde a  doutrina um dia irá se instalar fisicamente, posto que já chegou via Internet. Uma instituição com a nossa proposta não pode e nem deve promover campanhas e tampouco admiti-las nas questões de estado.
Apenas como exemplo citamos a decisão iraniana de tirar a vida de mulheres acusadas de adultério a pedradas;  de permitir a poligamia aos homens, de matar em nome de seus deuses ou, como no caso de Taiwan, o estranhíssimo hábito de comer fetos humanos. Que dizer da castração feminina na Nigéria  (também em outros países da Africa, Peninsula Arábica e da Asia), que extirpa os critóris e grandes lábios nas mulheres, deixando apenas as funções orgânicas para que não conheçam o prazer sexual?
Há  muitos costumes que nos horrorizam pelo mundo afora e sobre os quais o Racionalismo Cristão não toma e nem tomará partido por entender que cada um está onde quer e merece.
Não, não estamos nos omitindo, apenas não nos intrometemos. E a intromissão é um grave defeito, um atributo negativo. Não é o mesmo que pedir um voto ao companheiro, de recomendar um bom candidato. Melhor ainda se o recomendado for uma criatura do bem e de valor, quando são tantos os fichas-sujas.
A doutrina não quer transformar seus militantes em analfabetos políticos, os que Brecht bem definiu. O próprio Luiz de Mattos nunca escondeu sua predileção pelo Marechal Floriano Peixoto, que a história hoje revela quão foi tirano. E até um político foi Presidente Astral da minha filial, Nilo Peçanha.
Há que se ter a preocupação de deixar bem claro que as posições são pessoais e não da casa racionalista cristã onde por ventura se discuta não só eleições mas quaisquer questões. Uma vez debatido, discutido, que não alcance os portões quanto mais o lado de fora. Temos sim a obrigação de saber escolher bem e é natural que troquemos idéias sim, sem o pavor de estar contrariando a disciplina. O PRC 13 não é livro sagrado, não tem dúbia interpretação e tampouco requer que se explique o que muito bem explicado está.
Logo, sou defensor de que companheiros da doutrina aspirem cargos públicos por eleições. O rigor do nosso processo seletivo bem expressa que haverá de ser um excelente político. O homem de valor não deve ser uma alternativa. Sim uma constante, como nos militantes do RC, sem menosprezar os demais.



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tributo a Eduardo Koch

Eduardo Koch não vai morrer. Ainda que quisesse, não conseguiria.
Mesmo que seu corpo físico enfraqueça e feneça, Eduardo Koch não morrerá.
Ele é meu amigo e nos amamos como os amigos devem se amar, com dignidade e respeito. E não é de agora,  com ele na Inglaterra, lugar de muitos recursos e ciência avançada, sem fronteiras para os mundos mais evoluídos da Terra. Fomos e voltamos desse mundo-escola muitas vezes.
Koch tem um câncer (ele chama de cancro), com metástase nos ossos. Além de lutar contra esse bicho devorador de seres humanos, cumpre com serenidade e justificada alegria o papel de confortar parentes e amigos não esclarecidos sobre os porquês da vida. É assim que procura ensinar a verdade aos seus iguais, que não irá morrer, pois ninguém morre. Só a matéria. O espírito que é Força, partícula da Inteligência Universal, não morre. É uma lei natural.
O corpo todo dói. As drogas atenuam, temporariamente,  as dores e outros fármacos precisam ser descobertos, pois o câncer se habitua às drogas, que perdem o efeito anualmente. Mas Koch está lá, firme e resoluto, afugentando a dor com pensamentos de valor, compreendendo por que está passando por isso, certo de que este é um componente essencial para sua evolução espiritual.
Não maldiz o padecer. Pelo contrário, usa-o para despertar consciências, para lembrar que o homem precisa também cuidar do espírito,  força de anima e movimento os corpos.
Se a doença enfraquece seu corpo físico, fortalece o espírito. Mesmo sabendo que é imortal , consciente de que  promoveu o bem nessa existência e que o aguardam momentos de infinita paz, Eduardo Koch luta pela vida física com o vigor de atleta campeão.
Ele aprendeu a lição de Jesus, o Cristo. Tal e qual, sabe de onde veio e para onde irá. Koch  é símbolo-vivo do Racionalismo Cristão. Chamam-no de maluco por não temer a morte (aliás, racionalista cristão não tem medos), por sorrir ao invés de chorar, de tudo aceitar sem lamentação, certo de que nada acontece por acaso. A enfermidade que o acomete pode ter causa no seu mundo próprio, planejada por ele mesmo.
Eu o visito todos os dias, através das nossas salutares irradiações, vibrando numa corrente de paz e luz, na comunhão de bons pensamentos. Seu avô era do tempo Luiz de Mattos, em 1910. E assim foi,  passando de pai para filho essa lição de vida que também me sucedeu.
Koch não é um coitadinho, nem sofredor ou maluco. É um vencedor, um sábio, que vai levando a vida com serenidade e valor.
Não, Koch não se habituou a sofrer, mesmo porque a dor dói mesmo. Apenas aprendeu  e demonstra que sabe conviver com ela. Koch  consegue fazer a dor doer menos, nele e nos outros. Enquanto seu corpo dói, o espírito se robustece  ainda mais.
Fique sempre na paz, companheiro Você está maravilhoso na pele de Eduardo Koch.
Até a volta. Que esta seja a última!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Racionalismo das Luzes


O que a criatura humana tem de mais valioso é a capacidade de raciocinar. Um de seus desafios é a compreensão dos porquês da vida. E nessa busca, o homem trilha por dois caminhos: a fé e o racionalismo, que são antagônicos. A fé aceita e compreende tudo sem um pingo de razão. É o fideísmo. O racionalismo tudo compreende sem ter fé.


Qual é a graça de se acreditar nos absurdos, nas coisas que não resistem à menor investigação racional?


É uma pena, mas cada vez mais “há pessoas que preferem as ações negativas às positivas, o nada ao todo, o atraso ao progresso, a dúvida à certeza, o fracasso ao êxito, o medo à coragem, e a escuridão à luz, cavando a própria sepultura” (frase de Luiz de Mattos, em 1910, no Livro Básico).
Agora, do lado de cá dos Pirineus, uma new age européia está aderindo ao Racionalismo das Luzes, que prega a autonomia absoluta da razão. Só por isso, já seria motivo para comemoração. Os agers vão mais longe. Não se contentam apenas com a hegemonia da razão, rejeitam completamente a existência de um deus transcendente. Foi para tentar impedir o inapelável avanço dessa filosofia que Verlinde escreveu “Imposturas Anticristãs. Dos Evangelhos Gnósticos ao Código da Vinci”, e o tiro saiu pela culatra. Logo ele, um cientista nuclear e curandeirista, que rejeitou a razão e se fez padre.
E o Racionalismo das Luzes que prospera entre os new agers da França feito chuchu na serra nada mais é do que os conceitos prodigalizados por Luiz de Mattos em 1910, com o Racionalismo Cristão e suas idéias de luzes espirituais e mundos de origem, tendo como base a razão.
Uma coisa é certa e sem volta: a europa está recusando a fé sem razão, acreditar só por acreditar ou porque alguém assim determinou. Os religiosos, vistos como parasitários, reconhecem que a Europa abandonou as igrejas, mas festejam que os descontentes (ou descrentem) , por falta de instrumentos que auxiliem as forças superiores lá como aqui, não sigam integralmente o Racionalismo das Luzes, mas, dedicam-se ao ocultismo vulgar, o baixo baixo espiritismo, o que é um fato.
É fantástico o crescimento das publicações agnósticas e esotéricas em Portugal, na França, Alemanha, Espanha e até na Itália. Não dá mais para fazer acreditar em milagres, vida eterna, em necessidade de suplicas e pedição e imploração. Não chega a empolgar dizer que as religiões estão sendo perseguidas, coitadinhas!, como foram os judeus por Hitler.
Os princípios prodigalizados por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, discretamente, espalham-se pelo mundo, ganham mais força na Europa e estão sendo assimilados, intuitivamente, pela New Age (Nova Era). Não é novidade, mas via redes sociais na internet (Twitter, Facebook, Orkut e inúmeros blogs e portais) o pensamento racionalista cristão defendido por Luiz de Matos ganha corpo e se espalha-se por toda Europa.
O desligamento de seitas e religiões foi o sinal de alerta para os líderes religiosos, que se esforçam para tentar reverter esse quadro. Outros preferem adaptar os negócios da fé à filosofia New Age. Pensadores religiosos, como o padre francês Joseph-Marie Verlinde esforçam-se para tentar impedir essa nova tendência mundial.
De um lado, os fideístas, que defendem a fé sem a razão. De outro, os agers, baseados integralmente no racionalismo que tudo compreende sem fé nem misticismo. Enquanto o Racionalismo das Luzes cresce sem planejamento, disciplina ou liderança, na mesma proporção e em sentido inverso multiplicam-se orquestradas campanhas de combate à razão. Acabam mais favorecendo do que atrapalhando o racionalismo.
PENSAMENTO NEW AGE
Os seguidores da New Age, a rigor, não professam nenhuma religião ou seita. Muitos já foram adeptos fiéis das mais tradicionais religiões ocidentais. A base de sua filosofia é a espiritualização dos seres humanos, o bem, o correto e o racional. Repelem a fé sem razão, defendem as leis naturais e imutáveis, a lei de causa e efeito, a reencarnação e evolução do espírito, tal e qual codificou Luiz de Mattos ao criar o Racionalismo Cristão.
O mais curioso é que os milhões de praticantes da New Age não seguem uma liderança. Em face disso, aquela doutrina tem sido vítima de toda sorte de espertalhões. Praticantes do baixo espiritismo, sob os mais variados nomes de mensageiros das luzes, curandeiros, videntes, estão se locupletando às custas dos new agers de boa vontade e sem muita convicção.
Na esteira desses embusteiros, que além de “consultórios” fixos nas maiores cidades da Europa exploram site na Internet, Joseph-Marie Verlinde,  aproveita para demonstrar o retrocesso do espiritismo, mesmo consciente de que a nova filosofia rejeita conceitos de religião e fé. Pelo contrário: está em franca guerra ao fideísmo.
Os new agers seguem o mesmo filósofo que encantou Luiz de Mattos, Renné Descartes, de grande conceito em seu país, residindo, talvez, nesse particular, a expansão do Racionalismo das Luzes na França.
Os new agers não sabem é que foi justamente um europeu, Luiz de Mattos, quem codificou a doutrina que agora influencia e contagia milhões de pessoas pelo mundo. A imortalidade do espórito, a existências de mundos próprios e de estagio, a evolução conforme explicada no livro básico do RC, os new agers seguem e defendem esses princípios, pregando o bem como maior responsabilidade do homem.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma direção e vários caminhos


Indicar qual é a direção, o caminho certo e seguro tem sido o papel do Racionalismo Cristão há mais de 100 anos. A doutrina não dá aconselhamentos em respeito ao livre-arbítrio de cada ser humano.

Nisso, o Racionalismo Cristão é infalível. Para todos os acontecimentos concorrem causas, físicas ou astrais, humanas ou espirituais. É o que ensina a doutrina. O RC não diz “faça” ou “não faça”. Limita-se a indicar a direção do bem, do que é correto e do que não faz sofrer, um processo que demanda tempo, interesse e acima de tudo força de vontade das criaturas em renunciar aos vícios arraigados em seu espírito e dependências produzidas na densa atmosfera da Terra.

Não há espíritos ruins. Para chegar à condição de espírito, a partícula da Inteligência Universal percorreu um longo caminho, num tempo que na cronologia humana pode significar milhões de anos até conseguir dispor de livre-arbítrio.

Os chamados espíritos maus são, a rigor, criaturas que perderam a consciência de sua condição astral e física, o que se processa como efeito cascata ou efeito-dominó na atmosfera terrestre. É a gota de anil que faz turva a água pura. Vira uma mistura de volume imenso. São criaturas que se apegaram tão fortemente aos vícios e valores materiais que, uma vez desencarnados, ficam presos ao mundo material, integrando falanges obsessoras no astral inferior.

Uma delas, a de espíritos que em existência humana se prenderam a dogmas, seitas, religiões, clientelismo e que aqui permanecem pensando que estão ajudando aqueles aos quais quer bem. Na verdade, sem que percebam, estão prejudicando e sendo prejudicados, especialmente com missais de semana, mês, anos...

Há, sim, espíritos que se comprazem com o mal, encarnados ou não, mas originariamente nenhum espírito é predisposto a produzi-lo. É para evoluir, como fez em milhões de anos enquanto Força, que a partícula do Grande Foco reencarna. E a evolução só tem uma direção: praticar o bem, o que é correto e não faça sofrer, como ensina Antonio Cottas; e muitos caminhos: as casas racionalistas cristãs mundo afora e seus militantes de valor, conscientes do papel de ajudar a humanidade. Seja pelas reuniões públicas ou particulares ou no recôndito dos militantes nos horários disciplinares.

Irradiar pela humanidade é uma obrigação de todos nós, na certeza de exercer boa influência astral sobre as criaturas. Fazer isso com máxima concentração alcançará resultados que nossos limitados olhos não alcançam.

Nas suas próximas irradiações inclua a humanidade, concentre-se nela. Mal comparando, vamos do varejo pro atacado.

terça-feira, 6 de julho de 2010

De autor bastante conhecido...

Um conhecido espírito superior nos legou a mensagem abaixo, por intermédio de um instrumento mediúnico. Pela singular beleza, ganhou popularidade e admiração, sendo veiculada nos meios de comunicação como “autor desconhecido”. Por ter sido um religioso de grande expressão, deixo de lhe mencionar o último nome em vida física para evitar reações extremadas. Melhor que fiquemos com a beleza de sua mensagem;

Detalhe: a médium que captou essa mensagem tinha apenas a segunda série primária (fundamental). É sem título mesmo, mas alguns vampiros de obras alheias dão-lhe variados rótulos.

A inteligência sem amor te faz perverso.
A justiça sem amor te faz implacável.
A diplomacia sem amor te faz hipócrita.
O êxito sem amor te faz arrogante.
A riqueza sem amor te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor te faz orgulhoso.
A beleza sem amor te faz ridículo.
A autoridade sem amor te faz tirano.
O trabalho sem amor te faz escravo.
A simplicidade sem amor te deprecia.
A oração sem amor te faz introvertido.
A lei sem amor te escraviza.
A política sem amor te deixa egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A Cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor ....
não tem sentido.

sábado, 3 de julho de 2010

Ser feliz é não sofrer

A felicidade é uma questão de querença. O sofrimento também. Só sofrem os que almejam sofrer.

Só é infeliz quem assim o deseja, na medida que a receita da felicidade é repetida à exaustão nas obras racionalistas e consiste no aprofundamento das normas do bem viver.

O Racionalismo Cristão nos alerta para o que causa sofrimento e infelicidade: o mau proceder cometido no passado remoto ou recente; o mau uso do raciocínio; e os fatos oriundos dos planejamentos da vida pelo espírito, que são inevitáveis.

Sabendo quem é, de onde veio e para onde irá, a criatura compreenderá as razões do sofrimento e da infelicidade, preparando-se para esses momentos com resignação e coragem.

A receita para não sofrer está na espiritualização da criatura, entendendo que é apenas (e isso já é muito) uma partícula da Força Universal Superior, do Grande Foco, que tudo controla e equilibra. Quem despreza a espiritualização da alma está, com certeza, contratando sofrimentos e infelicidade.

A receita para ser feliz é exatamente o oposto daquela que infelicita as pessoas.

O apego material, o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ciúme, os prazeres mundanos, as maledicências, antipatias, ofensas, irritações, os trambiques de qualquer monta, a maldade, a leviandade, o fanatismo, os vícios, tudo isso e seus similares são componentes para o sofrimento e tristeza. Não há como ser feliz se comportando assim, posto que são valores intrínsecos ao astral inferior, dos espíritos que vivem no lodo da crosta da terra e se alimentam das imperfeições humanas. Logo, as forças poderosas forças do astral inferior só conhecem as infelicitações e dores.

A verdadeira felicidade está na comunhão direta com os espíritos superiores, que habitam mundos em que pontificam a bondade, o amor, a felicidade, paz, alegria e muito trabalho para manter universo em equilíbrio.

Se a criatura sofre ou não é feliz, talvez isso decorra de seu descuido e imprudência dela mesma, na medida que se afasta da promoção do bem e não cultiva ações de valor, inclusive pelo pensamento.

Verdadeiramente

A Verdade não se fantasia. A mentira sim.

A mentira, por constituir engodo, está sempre fantasiada e brilhante.

A verdade é esteticamente feia se comparada à mentira, sempre bem maquiada, reluzente, colorida, atraente e sedutora.

E por ser feia, nua e crua, à verdade poucos dão valor, ao passo que a mentira tem seguidores fiéis e dedicados.

A mentira escraviza e só a verdade liberta.

A verdade é única; a mentira se multiplica.

A mentira corrói, degenera o espírito; a verdade regenera o ser.

Estou aprendendo a doutrina nos livros, nas reuniões, nas advertências, nos grupos de estudos, na Racionalista e até na censura às coisas que escrevo e não são publicadas. Aprendo na disciplina rigorosa e na alegria do dever cumprido ao fim das reuniões. Mas aprendo sobretudo nas relações com os que não me respeitam e os que procuram me prejudicar espiritualmente.

E como sou grato àqueles que me detratam... agradeço-lhes por me colocarem à prova diante dos mais altos valores da doutrina; e agradeço por servir de instrumento para a reflexão deles também.

Quando discordo de um amigo, faço-o movido pelo bem-querer, cultivando pensamentos elevados, considerando o ponto de vista alheio, mas sem sentimentalismo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A INDUSTRIA DA MENTIRA

Tenho comigo que explicações exatas sobre a doutrina devem ser passada por nossos doutrinadores e dirigentes. Não sou nem uma coisa nem outra.
Logo, não tomem o que eu falo ou escrevo como conceito da doutrina, é minha advertência de costume. São apenas desdobramentos do que aprendi com eles e posso ter aprendido errado. Dito isso, vamos lá...

Nas vezes que sou instado a falar sobre o Racionalismo Cristão, especialmente nos meios de comunicação, procuro despertar o raciocínio das pessoas para que não tenham medo, um péssimo atributo. O medo é o pai e mãe de crendices, porta de entrada de toda sorte de malefícios. Não ter medo não é ser valente, valentão, porque esses são os maiores medrosos. Não ter medo é não acreditar por acreditar,  é raciocinar, é refletir sobre as situações. Não ter medo é exercício da coragem pela razão. É ter coragem pela intuição e acreditar nisso.

É na infância que o medo começa a ser infundido e difundido. As crianças crescem oprimidas por temores absurdos, como o boi da cara preta, mula sem cabeça, bicho papão, homem do saco e tantos mais. Ora, ninguém dá o que não possui. Pais medrosos e sem conhecimento tendem a criar filhos da mesma forma, que acabam sendo vítimas de variados vigaristas no curso da vida.

É pelo medo que se tornam escravos das religiões e dos absurdos que pregam. O medo da morte,  de arder no fogo do inferno, de não ressuscitar dentre os mortos... Ops! eu disse ressuscitar? É o medo que os levam a dar tanto valor à vida material e desprezar a espiritual. Imortalidade do espírito nem pensar, reencarnação menos ainda.

O homem precisa parar de ter medo de pensar, de raciocinar e de ir fundo nas questões. Por exemplo: na badalada história da criação do mundo em seis dias e um de descanço pelo deus-criador , pergunto: como um calendário instituído pelo homem puderia existir antes deste (o homem) ser "criado" por deus? É o caso da cronologia humana. A idéia de dia, mês e ano, de horas, séculos, milenios foi coisa inventada pelo homem. Logo, como poderiam saber que o mundo foi criado em uma semana, sendo que no último dia deus descansou e se a concepção de cronologia veio muito depois? 



Não é um famoso livro sagrado que diz que para deus um segundo tem mil anos?

Que dizer do tal "Pecado Original", segundo o qual todos os descedentes de Adão e Eva deverão pagar, ser castigados por deus (coitado de Deus!), devido a um erro que eles dois (Adão e Eva) praticaram há milhões de anos? É justo que sejamos punidos por um erro (que nem crime era) praticado pelo tatataravô dos nossos tatataravós? Ora esse castigo não é digno de um deus-pai. Nem de deus nenhum. Aliás, não se cabe nem na concepção humana, muito menos num deus...

Alguma coisa há de errado: com deus, com Adão e Eva ou com o homem atual que dizem descender deles dois.

E o enredo da Arca de Noé? Como que Noé conseguiu viajar pelo mundo e capturar um casal de cada animal para colocar na sua arca?, como chegou ao Brasil para capturar a onça pintada, o tamanduá-bandeira ou jacaré de papo amarelo?; e os ursos polares, focas, como poderiam ser capturados e levados de volta para seu habitat depois que o diluvio acabasse? (decerto morreriam no calor do Oriente Médio). Como sobreviveram animais "esperando" que Noé voltasse de outros continententes com novos casais de bichos?

Ah, ia me esquecendo... E as cantigas de roda e historias da carochinha? Quantos absurdos. Que criatura em sã consciência deixaria a  mãe idosa  e doente sozinha no meio do mato? Que mãe deixaria a filha-criança sujeita a ser atacada por um lobo mau só para levar doces à vovozinha doente e abandonada? Que mãe é essa, que só se deu ao "cuidado" de alertar a filha para ter cuidado com o lobo mau que estava à solta comendo criancinhas? A mãe de Chapeuzinho à atirou à fera...

Deve ser parente de uma certa Dona Chica, que se admirou quando uma criança atirou o pau no gato e o bicho, coitado!, não morreu. Desde quando é correto criança sair por ai dando paulada para matar os gatos? Quanta maldade e não pensamos nisso!, achamos divertido até, herança cultural. Sem falar na aversão às madrastas que inúmeras versões suscitam.

Antes de ensinar às crianças, precisamos ter o cuidado de não lhes estimular a prática de nossos erros e a ter absoluta noção de quem somos, o que fazemos aqui e para onde vamos quando a morte chegar, mas sem fantasias. 



É isso que o Racionalismo Cristão, em resumo, nos ensina, preparando os seres humanos para que meditem sobre os porquês da vida, estudem, racionem com valor e pratiquem o bem. Só então, de posse de bons conhecimentos, poderão transmitir às suas crianças os bons conhecimentos adquiridos.

Não é fácil, é tão dificil o ser humano se livrar dos vicios e imperfeições morais que a maioria desiste. Tem medo. O Racionalismo Cristão ensina a ter força de vontade. Mas tudo depende de cada criatura.

Uma coisa é certa: cada um está onde merece e quer estar.

Expressões que escravizam

Há frases que impulsionam a criatura para os mais elevados propósitos da vida.

Porém, sem perceber, assimilamos expressões aparentemente fraternais mas que nada tem de positivo. É o caso do “deixa de ser bobo”, “deixa comigo”, “vai por mim”, “só um instante”, “é pro seu bem” e tantas mais, que aparentemente denotam qualidades mas escondem outras intenções, geralmente maléficas e prejudiciais.

Neste artigo, nos dedicamos a comentar algumas delas, esperando que os leitores possam identificar outras, raciocinem a respeito e tirem bom proveito.


“Deixa de ser bobo, ...”
Assim principia a iniciação de meninos e meninas nos vícios e maus hábitos. Esta frase parece especialmente cunhada pelo astral inferior para ser aplicada em todas as fases da vida humana. Nenhuma outra expressão tem o sentido de reunir tantos atributos negativos e produzir resultados mais devastadores. Pior até do que o clássico “sabe com quem está falando?”.

Todo espírito reencarna puro, livre de influências materiais. Ele não se põe a perder. São os adultos, com seus ódios, egoísmos, orgulhos, ganância e desamor adquiridos por desconhecimento espiritual que o transformam. E o primeiro passo, o beabá, é ensinar às crianças a darem valor ao que não presta, ao que não é correto e faz sofrer.

“Deixa de ser boba, menina” é intromissão mais costumeira no livre arbítrio de infanto-juvenis; é a imposição de quem se julga superior na hierarquia familiar ou social e ganha contornos mais absurdos quando se trata de pai ou mãe, avós ou irmãos mais velhos.

Em geral, ser bobo tem o sentido de agir corretamente, com pensamentos de valor, resistir aos prazeres mundanos e vicios que a Terra oferece e que são de pleno conhecimento da criatura antes mesmo da reencarnação, de vez que até sabia de antemão em que ambiente viveria.

Quem de nós não ouviu essa advertência ao longo da vida?

Quem não se deixou levar, subjugando-se e até se deleitando com as ilusórias vantagens advindas de vícios e mazelas locupletando material e imaterialmente do que pertencia a outra pessoa, não importando a péssima assistência moral que o inspirou?.

Daí, o primeiro trago, o primeiro gole, a primeira picada, a prevaricação, o furto, etc, etc.
E tudo se resume na falta de conhecimento sobre nossa composição astral e física. Tivesse consciência de que é um espírito encarnado, que se matriculou nessa escola chamada Terra porque não procedeu corretamente na encarnação passada, teria um viver digno, baseado no princípio de não querer para os outros o que não deseja para si mesmo.

E a lição do Mestre Luiz de Mattos para viver bem é tão curta, tão singela. Bastaria evitar o que faz sofrer (a si próprio ou outrem), o que não é correto e tudo aquilo que não seja para o bem incondicional.

“Vai por mim...”

Não vá. Ou não se deve ir.
Geralmente o “vai por mim” pretende que a criatura não tenha vontade própria, seja um “Maria vai com as outras”, encerrando um sentido de alienação e subserviência. Na infância principia por viciar a criatura nos privilégios e favores malsãos, a perder a confiança em si mesmo e se deixar influenciar sem objeção.

Quem se utiliza desse expediente deseja conquistar a confiança da pessoa e, invariavelmente, é alguém que não tem boas intenções, de vez que sequer respeita o livre-arbítrio do seu semelhante. No fundo, induzirá ao erro, ao mal, ao que não presta e a só comprometer o arcabouço moral das criaturas.

O “vai por mim” tem inúmeras aplicações e visa suscitar na criatura apenas atributos negativos e que comprometem a evolução espiritual. A vida tem legado inúmeros exemplos de criaturas que se complicaram por seguir à risca conselhos alheios. Essa frase satisfaz os indiferentes, os que estão habituados a aceitar explicações que nada explicam. São os que não admitem nem aceitam a vida sem proteção externa.

Aliás, é preciso saber distinguir constatações de aconselhamento. O Racionalismo Cristão não dá conselho nem mesmo quando a intenção das criaturas é obter opinião acerca de suas vidas e procedimentos. Como seu objetivo é educar, esclarecer e orientar, tudo o que faz é visando tornar a vida das pessoas menos penosa sem enveredar no seu livre-arbítrio.

Todo pedido de aconselhamento feito à doutrina enseja uma resposta esclarecedora e educativa, nunca uma intromissão no livre-arbítrio da criatura. Uma vez ciente do que se passa, cabe ao ser encarnado dar o rumo que lhe convier para a solução do problema que gerou a disposição de se aconselhar.

“Vai por mim”, pelo contrário, tem o sentido de impedir que a criatura raciocine, o que, por falta de convicção das pessoas, é comum no plano Terra. Encontra abrigo nos preguiçosos físicos e mentais, nos desleixados de toda ordem, que transferem ao semelhante o seu dever de melhor pensar para decidir com responsabilidade e valor.

São, portanto, presas fáceis do astral inferior, verdadeiras marionetes, que mesmo diante do insucesso não assumem seu erro e até atribuem a culpa única e exclusivamente ao seu conselheiro quando se dá conta das besteiras que fez.

Se soubesse que é um espírito e por conseqüência imortal, ainda que lhe falte o corpo físico, a criatura planejaria viver sem depender de adjutório moral alheio, chamando para si as responsabilidades por todos os atos e suas conseqüências.


Deixa Comigo...”
Não deixe, de jeito nenhum.

Frase típica de quem tem o temperamento voluntarioso, ainda que nem perceba. Por melhor intencionada que esteja a prestativa criatura, seu “deixa comigo” pode estar adstrito a situações de somenos importância em sendo estritamente séria a questão.

O oferecimento poderia estar carregado de bondade e pureza não tivesse o sentido de açambarcar uma responsabilidade que é de outra pessoa, que só consente por comodismo ou inspirado pela omissão e assim fugir ao cumprimento de um dever, seja qual for o nível de importância.

Ninguém reencarna para transferir problemas e dificuldades. Ninguém reencarna para pedir caridade e favores. O espírito encarnado tem a obrigação de enfrentar os dissabores, assim como desfrutar das benesses que a sua aplicação no trabalho honesto possa obter.

Quem assume uma responsabilidade que não é originalmente sua, em geral, é um sentimentalista, cuja intenção é livrar outra pessoa de seu encargo, sem atinar que está alimentando a preguiça e impedindo que seja exercitada a força de vontade de quem promete substituir.

Quem delega ao voluntarioso o poder de representá-lo numa obrigação trivial e comum não tem idéia dos riscos que assume. A menos que entregue suas obrigações a profissionais especializados, que nunca dizem “deixa comigo”, quem se livra de suas obrigações confiando que outros darão conta de seus encargos como se fossem eles mesmos são uns tolos. E nessa condição duplamente prejudicados.

A uma, por dar margem ao agravamento de problemas, muitos irreversíveis, por conta da preguiça de agir.

A duas, por contribuir para difusão de fanfarrões que julgam dominar problemas e soluções sem estar devidamente capacitados. Nesse caso, a delegação constitui um estímulo ao mal.

O fato é que quem “deixa com outro” não deseja ajuda. Quer transferir um problema, passar a bola e não admite compartilhar esforços. Quer que façam a sua vez e se esforcem por si, seja quais forem os fins e meios empregados.

“É para o seu bem..”

Expressão de entendimento subjetivo. Eu estou convicto que está sempre associada a um castigo, imposição ou intromissão no livre arbítrio alheio. Depois, o que é para o bem não pode jamais estar associado ao que é do mal. Não se promove o bem pelo mal, é impossível.
Penso que as pessoas que usam “é pro seu bem” são também egoístas e orgulhosas, pois a expressão exprime o sentido de impor pela força física ou moral seus hábitos, costumes e atributos. Quase sempre, essa expressão se contrapõe a uma força de vontade adversa, a uma resistência. O “benfeitor” quer impor sua vontade, como quem diz “peguei uma gripe”, quando o certo seria dizer que a gripe o pegou.
Quantas amizades, namoros e casamentos não foram desfeitos, quantos abortos praticados, quantas vidas não foram ceifadas por conta do “é para o seu bem”? Que dizer de filhos arrancados das mães solteiras “para o bem” delas, para que futuramente pudessem enganar bons pretendentes?
E das surras por desobediência infanto-juvenil a pretexto de que a tortura física era pro bem de quem estava sendo violentado ou violentada, ainda que fosse por não gostar das aulas de religião ou por não corresponder aos gastos dos pais com sua educação, tirando notas baixas?
A vida já é tão cruel com as crianças e adolescentes, posto que crescem condicionadas a fazer raciocínios lógicos e não a exercitar a criatividade. Existe teste para medir o raciocínio das pessoas, para apurar o QI. Mas não há teste para medir a criatividade, a capacidade de criar. Assim, uma pessoa com QI 200 é um gênio na capacidade de raciocínio. Mas pode não ter a criatividade de quem tem a metade do QI do gênio. E o que move o mundo são a descoberta e a criação.
O “é pro seu bem” infelicita o “beneficiado”. Em casos extremos pode produzir ódio, vindita ou suicídio, como no Japão. Muitas pessoas se deixam subjugar por ser, supostamente, “para o bem”, abraçam profissões erradas, eqüidistantes das que, a rigor, escolheram em plano astral, para não contrariar os parentes com maior ascendência sócio-econômica.
O “é pro seu bem” já era para ter sido banido pela sociedade, especialmente porque inspirou uniões infelizes, decisões erradas e atitudes extremas. É tão inútil quanto escravizante, a ponto de haver quem acredite piamente que já recebeu corretivo para o seu bem e que funcionou. Na verdade, o que funcionou foi a predisposição para o bem que trouxeram de seus mundos de origem. E nesse caso não foi o mal que produziu o bem, mas, sim, o bem que venceu o mal.
Ademais, o que é para o bem verdadeiro não se impõe. Tudo que é para o bem é solft, suave e bom como o próprio bem.
Por derradeiro, não esqueçamos que tomar injeção, beber remédios, ingerir alimentos saudáveis tem a finalidade de tratar da saúde do corpo físico. O bem é um atributo do espírito. seu alimento. Para se ter uma idéia, o “para o seu bem” seria recomendar à criatura que freqüentasse o Racionalismo Cristão. Mas nem isso fazemos. São as pessoas que despertam para a verdade prodigalizada por Jesus, que Luiz de Mattos e Luiz Thomaz materializaram há 100 anos e aportam em nossas casas.

“Só um instante...”

Pra começar, o que pode ser apenas um instantinho para uma pessoa pode ser uma eternidade para outra.

O conteúdo negativo dessa frase parece aumentar na medida que o tamanho da necessidade de quem vai esperar seja mais relevante.

“Só um instante” não pode ser interpretado como gesto de solidariedade, de vez que quase sempre é empregada com velada educação. Quando muito, beira ao deboche se estiver relacionado a direitos pessoais ou com sentimento de desespero, pavor e dor. Pior ainda, quando diz respeito à “boa mentira”, empregada a pretexto de privar a pessoa de uma notícia ruim. Quem pretender ajudar alguém tem que ser capaz de fazer mais do que falar “só um minutinho”, “só um instante”

Esta expressão, na maioria das vezes, tem por objetivo ludibriar, está associada a um engodo em via de ser praticado. O raciocínio lógico nos indica que “um instante” é algo tão breve que nem justifica atraso algum, enseja pronta-resposta, imediatamente

Mesmo assim figura como válvula de escape, tábua de salvação de quem pretende se esquivar de alguém que exercite seu direito à informação ou atendimento. Parece estar vinculado tamanho da dignidade que se mede da criatura que reivindica direitos.

“Um instante” vai depender, principalmente, do desprendimento e boa vontade de quem vamos esperar; dependerá do seu estado de espírito e humor. Quanto mais se prolongar o “um instante” mais irritabilidade despertam nas criaturas intolerantes e está arranjado o caminho para as discussões, intrigas e ameaças.

Esta expressão está associada à falta de dedicação exclusiva à pessoa que busca auxílio ou informação, muito comum nos “call center” que aqui apelidamos de atendentes de telemarketing. Nunca a resposta ou o efetivo atendimento se processa naquele espaço de tempo, o que evidencia o curso de um engodo, da mentira e falta de respeito, atributos altamente negativos.

Tem o condão de ser uma “mentirinha de nada”, inofensiva no entender dos que desconhecem a espiritualidade e apelam para esse expediente escuso. No íntimo, zomba de quem lhes procura em busca de qualquer socorro.

É preciso estar preparado para reagir ao “um instante”, “só um minuto” ou equivalente, exercitar a paciência e tolerância e emitir bons pensamentos, pois a intenção é perturbadora, ainda que nem seja este o objetivo. Em resumo: não querer para si a obsessão que avassala os outros.