PAULO, Racionalista Cristão
Reflexões independentes de um militante da doutrina Racionalista Cristã
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
É bom ser racionalista cristão!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
A ultima encarnação
idealistas, destacando-se não só o alto interesse que nutrem por toda a
humanidade, como o domínio das vibrações produzidas pelos conflitos humanos, principalmente na etapa final da evolução terrena, em que a sua
espiritualidade se revela acima da mentalidade comum existente no Planeta". (Luiz de Mattos).
sábado, 20 de novembro de 2010
Filial Butantã, um colosso do Racionalismo Cristão
Quase impossivel, mas recuperei a senha
Pensaram que haviam se livrado de mim? Que nada, a muito custo recuperei o acesso e estou de volta, com maltraçadas linhas, umas tortas, outras direitas, feito rama de mandioca.
sábado, 11 de setembro de 2010
Quem tem medo de pensar?
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O RC e as eleições
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Tributo a Eduardo Koch
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O Racionalismo das Luzes
Qual é a graça de se acreditar nos absurdos, nas coisas que não resistem à menor investigação racional?
É uma pena, mas cada vez mais “há pessoas que preferem as ações negativas às positivas, o nada ao todo, o atraso ao progresso, a dúvida à certeza, o fracasso ao êxito, o medo à coragem, e a escuridão à luz, cavando a própria sepultura” (frase de Luiz de Mattos, em 1910, no Livro Básico).
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Uma direção e vários caminhos
Indicar qual é a direção, o caminho certo e seguro tem sido o papel do Racionalismo Cristão há mais de 100 anos. A doutrina não dá aconselhamentos em respeito ao livre-arbítrio de cada ser humano.
Nisso, o Racionalismo Cristão é infalível. Para todos os acontecimentos concorrem causas, físicas ou astrais, humanas ou espirituais. É o que ensina a doutrina. O RC não diz “faça” ou “não faça”. Limita-se a indicar a direção do bem, do que é correto e do que não faz sofrer, um processo que demanda tempo, interesse e acima de tudo força de vontade das criaturas em renunciar aos vícios arraigados em seu espírito e dependências produzidas na densa atmosfera da Terra.
Não há espíritos ruins. Para chegar à condição de espírito, a partícula da Inteligência Universal percorreu um longo caminho, num tempo que na cronologia humana pode significar milhões de anos até conseguir dispor de livre-arbítrio.
Os chamados espíritos maus são, a rigor, criaturas que perderam a consciência de sua condição astral e física, o que se processa como efeito cascata ou efeito-dominó na atmosfera terrestre. É a gota de anil que faz turva a água pura. Vira uma mistura de volume imenso. São criaturas que se apegaram tão fortemente aos vícios e valores materiais que, uma vez desencarnados, ficam presos ao mundo material, integrando falanges obsessoras no astral inferior.
Uma delas, a de espíritos que em existência humana se prenderam a dogmas, seitas, religiões, clientelismo e que aqui permanecem pensando que estão ajudando aqueles aos quais quer bem. Na verdade, sem que percebam, estão prejudicando e sendo prejudicados, especialmente com missais de semana, mês, anos...
Há, sim, espíritos que se comprazem com o mal, encarnados ou não, mas originariamente nenhum espírito é predisposto a produzi-lo. É para evoluir, como fez em milhões de anos enquanto Força, que a partícula do Grande Foco reencarna. E a evolução só tem uma direção: praticar o bem, o que é correto e não faça sofrer, como ensina Antonio Cottas; e muitos caminhos: as casas racionalistas cristãs mundo afora e seus militantes de valor, conscientes do papel de ajudar a humanidade. Seja pelas reuniões públicas ou particulares ou no recôndito dos militantes nos horários disciplinares.
Irradiar pela humanidade é uma obrigação de todos nós, na certeza de exercer boa influência astral sobre as criaturas. Fazer isso com máxima concentração alcançará resultados que nossos limitados olhos não alcançam.
Nas suas próximas irradiações inclua a humanidade, concentre-se nela. Mal comparando, vamos do varejo pro atacado.
terça-feira, 6 de julho de 2010
De autor bastante conhecido...
sábado, 3 de julho de 2010
Ser feliz é não sofrer
A felicidade é uma questão de querença. O sofrimento também. Só sofrem os que almejam sofrer.
Só é infeliz quem assim o deseja, na medida que a receita da felicidade é repetida à exaustão nas obras racionalistas e consiste no aprofundamento das normas do bem viver.
O Racionalismo Cristão nos alerta para o que causa sofrimento e infelicidade: o mau proceder cometido no passado remoto ou recente; o mau uso do raciocínio; e os fatos oriundos dos planejamentos da vida pelo espírito, que são inevitáveis.
Sabendo quem é, de onde veio e para onde irá, a criatura compreenderá as razões do sofrimento e da infelicidade, preparando-se para esses momentos com resignação e coragem.
A receita para não sofrer está na espiritualização da criatura, entendendo que é apenas (e isso já é muito) uma partícula da Força Universal Superior, do Grande Foco, que tudo controla e equilibra. Quem despreza a espiritualização da alma está, com certeza, contratando sofrimentos e infelicidade.
A receita para ser feliz é exatamente o oposto daquela que infelicita as pessoas.
O apego material, o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ciúme, os prazeres mundanos, as maledicências, antipatias, ofensas, irritações, os trambiques de qualquer monta, a maldade, a leviandade, o fanatismo, os vícios, tudo isso e seus similares são componentes para o sofrimento e tristeza. Não há como ser feliz se comportando assim, posto que são valores intrínsecos ao astral inferior, dos espíritos que vivem no lodo da crosta da terra e se alimentam das imperfeições humanas. Logo, as forças poderosas forças do astral inferior só conhecem as infelicitações e dores.
A verdadeira felicidade está na comunhão direta com os espíritos superiores, que habitam mundos em que pontificam a bondade, o amor, a felicidade, paz, alegria e muito trabalho para manter universo em equilíbrio.
Se a criatura sofre ou não é feliz, talvez isso decorra de seu descuido e imprudência dela mesma, na medida que se afasta da promoção do bem e não cultiva ações de valor, inclusive pelo pensamento.
Verdadeiramente
A Verdade não se fantasia. A mentira sim.
A mentira, por constituir engodo, está sempre fantasiada e brilhante.
A verdade é esteticamente feia se comparada à mentira, sempre bem maquiada, reluzente, colorida, atraente e sedutora.
E por ser feia, nua e crua, à verdade poucos dão valor, ao passo que a mentira tem seguidores fiéis e dedicados.
A mentira escraviza e só a verdade liberta.
A verdade é única; a mentira se multiplica.
A mentira corrói, degenera o espírito; a verdade regenera o ser.
Estou aprendendo a doutrina nos livros, nas reuniões, nas advertências, nos grupos de estudos, na Racionalista e até na censura às coisas que escrevo e não são publicadas. Aprendo na disciplina rigorosa e na alegria do dever cumprido ao fim das reuniões. Mas aprendo sobretudo nas relações com os que não me respeitam e os que procuram me prejudicar espiritualmente.
E como sou grato àqueles que me detratam... agradeço-lhes por me colocarem à prova diante dos mais altos valores da doutrina; e agradeço por servir de instrumento para a reflexão deles também.
Quando discordo de um amigo, faço-o movido pelo bem-querer, cultivando pensamentos elevados, considerando o ponto de vista alheio, mas sem sentimentalismo.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A INDUSTRIA DA MENTIRA
Logo, não tomem o que eu falo ou escrevo como conceito da doutrina, é minha advertência de costume. São apenas desdobramentos do que aprendi com eles e posso ter aprendido errado. Dito isso, vamos lá...
Nas vezes que sou instado a falar sobre o Racionalismo Cristão, especialmente nos meios de comunicação, procuro despertar o raciocínio das pessoas para que não tenham medo, um péssimo atributo. O medo é o pai e mãe de crendices, porta de entrada de toda sorte de malefícios. Não ter medo não é ser valente, valentão, porque esses são os maiores medrosos. Não ter medo é não acreditar por acreditar, é raciocinar, é refletir sobre as situações. Não ter medo é exercício da coragem pela razão. É ter coragem pela intuição e acreditar nisso.
É na infância que o medo começa a ser infundido e difundido. As crianças crescem oprimidas por temores absurdos, como o boi da cara preta, mula sem cabeça, bicho papão, homem do saco e tantos mais. Ora, ninguém dá o que não possui. Pais medrosos e sem conhecimento tendem a criar filhos da mesma forma, que acabam sendo vítimas de variados vigaristas no curso da vida.
É pelo medo que se tornam escravos das religiões e dos absurdos que pregam. O medo da morte, de arder no fogo do inferno, de não ressuscitar dentre os mortos... Ops! eu disse ressuscitar? É o medo que os levam a dar tanto valor à vida material e desprezar a espiritual. Imortalidade do espírito nem pensar, reencarnação menos ainda.
O homem precisa parar de ter medo de pensar, de raciocinar e de ir fundo nas questões. Por exemplo: na badalada história da criação do mundo em seis dias e um de descanço pelo deus-criador , pergunto: como um calendário instituído pelo homem puderia existir antes deste (o homem) ser "criado" por deus? É o caso da cronologia humana. A idéia de dia, mês e ano, de horas, séculos, milenios foi coisa inventada pelo homem. Logo, como poderiam saber que o mundo foi criado em uma semana, sendo que no último dia deus descansou e se a concepção de cronologia veio muito depois?
Não é um famoso livro sagrado que diz que para deus um segundo tem mil anos?
Que dizer do tal "Pecado Original", segundo o qual todos os descedentes de Adão e Eva deverão pagar, ser castigados por deus (coitado de Deus!), devido a um erro que eles dois (Adão e Eva) praticaram há milhões de anos? É justo que sejamos punidos por um erro (que nem crime era) praticado pelo tatataravô dos nossos tatataravós? Ora esse castigo não é digno de um deus-pai. Nem de deus nenhum. Aliás, não se cabe nem na concepção humana, muito menos num deus...
Alguma coisa há de errado: com deus, com Adão e Eva ou com o homem atual que dizem descender deles dois.
E o enredo da Arca de Noé? Como que Noé conseguiu viajar pelo mundo e capturar um casal de cada animal para colocar na sua arca?, como chegou ao Brasil para capturar a onça pintada, o tamanduá-bandeira ou jacaré de papo amarelo?; e os ursos polares, focas, como poderiam ser capturados e levados de volta para seu habitat depois que o diluvio acabasse? (decerto morreriam no calor do Oriente Médio). Como sobreviveram animais "esperando" que Noé voltasse de outros continententes com novos casais de bichos?
Ah, ia me esquecendo... E as cantigas de roda e historias da carochinha? Quantos absurdos. Que criatura em sã consciência deixaria a mãe idosa e doente sozinha no meio do mato? Que mãe deixaria a filha-criança sujeita a ser atacada por um lobo mau só para levar doces à vovozinha doente e abandonada? Que mãe é essa, que só se deu ao "cuidado" de alertar a filha para ter cuidado com o lobo mau que estava à solta comendo criancinhas? A mãe de Chapeuzinho à atirou à fera...
Deve ser parente de uma certa Dona Chica, que se admirou quando uma criança atirou o pau no gato e o bicho, coitado!, não morreu. Desde quando é correto criança sair por ai dando paulada para matar os gatos? Quanta maldade e não pensamos nisso!, achamos divertido até, herança cultural. Sem falar na aversão às madrastas que inúmeras versões suscitam.
Antes de ensinar às crianças, precisamos ter o cuidado de não lhes estimular a prática de nossos erros e a ter absoluta noção de quem somos, o que fazemos aqui e para onde vamos quando a morte chegar, mas sem fantasias.
É isso que o Racionalismo Cristão, em resumo, nos ensina, preparando os seres humanos para que meditem sobre os porquês da vida, estudem, racionem com valor e pratiquem o bem. Só então, de posse de bons conhecimentos, poderão transmitir às suas crianças os bons conhecimentos adquiridos.
Uma coisa é certa: cada um está onde merece e quer estar.
Expressões que escravizam
Porém, sem perceber, assimilamos expressões aparentemente fraternais mas que nada tem de positivo. É o caso do “deixa de ser bobo”, “deixa comigo”, “vai por mim”, “só um instante”, “é pro seu bem” e tantas mais, que aparentemente denotam qualidades mas escondem outras intenções, geralmente maléficas e prejudiciais.
Neste artigo, nos dedicamos a comentar algumas delas, esperando que os leitores possam identificar outras, raciocinem a respeito e tirem bom proveito.
Todo espírito reencarna puro, livre de influências materiais. Ele não se põe a perder. São os adultos, com seus ódios, egoísmos, orgulhos, ganância e desamor adquiridos por desconhecimento espiritual que o transformam. E o primeiro passo, o beabá, é ensinar às crianças a darem valor ao que não presta, ao que não é correto e faz sofrer.
“Deixa de ser boba, menina” é intromissão mais costumeira no livre arbítrio de infanto-juvenis; é a imposição de quem se julga superior na hierarquia familiar ou social e ganha contornos mais absurdos quando se trata de pai ou mãe, avós ou irmãos mais velhos.
Em geral, ser bobo tem o sentido de agir corretamente, com pensamentos de valor, resistir aos prazeres mundanos e vicios que a Terra oferece e que são de pleno conhecimento da criatura antes mesmo da reencarnação, de vez que até sabia de antemão em que ambiente viveria.
Quem de nós não ouviu essa advertência ao longo da vida?
Quem não se deixou levar, subjugando-se e até se deleitando com as ilusórias vantagens advindas de vícios e mazelas locupletando material e imaterialmente do que pertencia a outra pessoa, não importando a péssima assistência moral que o inspirou?.
Daí, o primeiro trago, o primeiro gole, a primeira picada, a prevaricação, o furto, etc, etc.
E tudo se resume na falta de conhecimento sobre nossa composição astral e física. Tivesse consciência de que é um espírito encarnado, que se matriculou nessa escola chamada Terra porque não procedeu corretamente na encarnação passada, teria um viver digno, baseado no princípio de não querer para os outros o que não deseja para si mesmo.
E a lição do Mestre Luiz de Mattos para viver bem é tão curta, tão singela. Bastaria evitar o que faz sofrer (a si próprio ou outrem), o que não é correto e tudo aquilo que não seja para o bem incondicional.
Não vá. Ou não se deve ir.
Geralmente o “vai por mim” pretende que a criatura não tenha vontade própria, seja um “Maria vai com as outras”, encerrando um sentido de alienação e subserviência. Na infância principia por viciar a criatura nos privilégios e favores malsãos, a perder a confiança em si mesmo e se deixar influenciar sem objeção.
Quem se utiliza desse expediente deseja conquistar a confiança da pessoa e, invariavelmente, é alguém que não tem boas intenções, de vez que sequer respeita o livre-arbítrio do seu semelhante. No fundo, induzirá ao erro, ao mal, ao que não presta e a só comprometer o arcabouço moral das criaturas.
O “vai por mim” tem inúmeras aplicações e visa suscitar na criatura apenas atributos negativos e que comprometem a evolução espiritual. A vida tem legado inúmeros exemplos de criaturas que se complicaram por seguir à risca conselhos alheios. Essa frase satisfaz os indiferentes, os que estão habituados a aceitar explicações que nada explicam. São os que não admitem nem aceitam a vida sem proteção externa.
Aliás, é preciso saber distinguir constatações de aconselhamento. O Racionalismo Cristão não dá conselho nem mesmo quando a intenção das criaturas é obter opinião acerca de suas vidas e procedimentos. Como seu objetivo é educar, esclarecer e orientar, tudo o que faz é visando tornar a vida das pessoas menos penosa sem enveredar no seu livre-arbítrio.
Todo pedido de aconselhamento feito à doutrina enseja uma resposta esclarecedora e educativa, nunca uma intromissão no livre-arbítrio da criatura. Uma vez ciente do que se passa, cabe ao ser encarnado dar o rumo que lhe convier para a solução do problema que gerou a disposição de se aconselhar.
“Vai por mim”, pelo contrário, tem o sentido de impedir que a criatura raciocine, o que, por falta de convicção das pessoas, é comum no plano Terra. Encontra abrigo nos preguiçosos físicos e mentais, nos desleixados de toda ordem, que transferem ao semelhante o seu dever de melhor pensar para decidir com responsabilidade e valor.
São, portanto, presas fáceis do astral inferior, verdadeiras marionetes, que mesmo diante do insucesso não assumem seu erro e até atribuem a culpa única e exclusivamente ao seu conselheiro quando se dá conta das besteiras que fez.
Se soubesse que é um espírito e por conseqüência imortal, ainda que lhe falte o corpo físico, a criatura planejaria viver sem depender de adjutório moral alheio, chamando para si as responsabilidades por todos os atos e suas conseqüências.
Frase típica de quem tem o temperamento voluntarioso, ainda que nem perceba. Por melhor intencionada que esteja a prestativa criatura, seu “deixa comigo” pode estar adstrito a situações de somenos importância em sendo estritamente séria a questão.
O oferecimento poderia estar carregado de bondade e pureza não tivesse o sentido de açambarcar uma responsabilidade que é de outra pessoa, que só consente por comodismo ou inspirado pela omissão e assim fugir ao cumprimento de um dever, seja qual for o nível de importância.
Ninguém reencarna para transferir problemas e dificuldades. Ninguém reencarna para pedir caridade e favores. O espírito encarnado tem a obrigação de enfrentar os dissabores, assim como desfrutar das benesses que a sua aplicação no trabalho honesto possa obter.
Quem assume uma responsabilidade que não é originalmente sua, em geral, é um sentimentalista, cuja intenção é livrar outra pessoa de seu encargo, sem atinar que está alimentando a preguiça e impedindo que seja exercitada a força de vontade de quem promete substituir.
Quem delega ao voluntarioso o poder de representá-lo numa obrigação trivial e comum não tem idéia dos riscos que assume. A menos que entregue suas obrigações a profissionais especializados, que nunca dizem “deixa comigo”, quem se livra de suas obrigações confiando que outros darão conta de seus encargos como se fossem eles mesmos são uns tolos. E nessa condição duplamente prejudicados.
A uma, por dar margem ao agravamento de problemas, muitos irreversíveis, por conta da preguiça de agir.
A duas, por contribuir para difusão de fanfarrões que julgam dominar problemas e soluções sem estar devidamente capacitados. Nesse caso, a delegação constitui um estímulo ao mal.
O fato é que quem “deixa com outro” não deseja ajuda. Quer transferir um problema, passar a bola e não admite compartilhar esforços. Quer que façam a sua vez e se esforcem por si, seja quais forem os fins e meios empregados.
Quantas amizades, namoros e casamentos não foram desfeitos, quantos abortos praticados, quantas vidas não foram ceifadas por conta do “é para o seu bem”? Que dizer de filhos arrancados das mães solteiras “para o bem” delas, para que futuramente pudessem enganar bons pretendentes?
E das surras por desobediência infanto-juvenil a pretexto de que a tortura física era pro bem de quem estava sendo violentado ou violentada, ainda que fosse por não gostar das aulas de religião ou por não corresponder aos gastos dos pais com sua educação, tirando notas baixas?
A vida já é tão cruel com as crianças e adolescentes, posto que crescem condicionadas a fazer raciocínios lógicos e não a exercitar a criatividade. Existe teste para medir o raciocínio das pessoas, para apurar o QI. Mas não há teste para medir a criatividade, a capacidade de criar. Assim, uma pessoa com QI 200 é um gênio na capacidade de raciocínio. Mas pode não ter a criatividade de quem tem a metade do QI do gênio. E o que move o mundo são a descoberta e a criação.
O “é pro seu bem” infelicita o “beneficiado”. Em casos extremos pode produzir ódio, vindita ou suicídio, como no Japão. Muitas pessoas se deixam subjugar por ser, supostamente, “para o bem”, abraçam profissões erradas, eqüidistantes das que, a rigor, escolheram em plano astral, para não contrariar os parentes com maior ascendência sócio-econômica.
O “é pro seu bem” já era para ter sido banido pela sociedade, especialmente porque inspirou uniões infelizes, decisões erradas e atitudes extremas. É tão inútil quanto escravizante, a ponto de haver quem acredite piamente que já recebeu corretivo para o seu bem e que funcionou. Na verdade, o que funcionou foi a predisposição para o bem que trouxeram de seus mundos de origem. E nesse caso não foi o mal que produziu o bem, mas, sim, o bem que venceu o mal.
Ademais, o que é para o bem verdadeiro não se impõe. Tudo que é para o bem é solft, suave e bom como o próprio bem.
Por derradeiro, não esqueçamos que tomar injeção, beber remédios, ingerir alimentos saudáveis tem a finalidade de tratar da saúde do corpo físico. O bem é um atributo do espírito. seu alimento. Para se ter uma idéia, o “para o seu bem” seria recomendar à criatura que freqüentasse o Racionalismo Cristão. Mas nem isso fazemos. São as pessoas que despertam para a verdade prodigalizada por Jesus, que Luiz de Mattos e Luiz Thomaz materializaram há 100 anos e aportam em nossas casas.
Pra começar, o que pode ser apenas um instantinho para uma pessoa pode ser uma eternidade para outra.
O conteúdo negativo dessa frase parece aumentar na medida que o tamanho da necessidade de quem vai esperar seja mais relevante.
“Só um instante” não pode ser interpretado como gesto de solidariedade, de vez que quase sempre é empregada com velada educação. Quando muito, beira ao deboche se estiver relacionado a direitos pessoais ou com sentimento de desespero, pavor e dor. Pior ainda, quando diz respeito à “boa mentira”, empregada a pretexto de privar a pessoa de uma notícia ruim. Quem pretender ajudar alguém tem que ser capaz de fazer mais do que falar “só um minutinho”, “só um instante”
Esta expressão, na maioria das vezes, tem por objetivo ludibriar, está associada a um engodo em via de ser praticado. O raciocínio lógico nos indica que “um instante” é algo tão breve que nem justifica atraso algum, enseja pronta-resposta, imediatamente
Mesmo assim figura como válvula de escape, tábua de salvação de quem pretende se esquivar de alguém que exercite seu direito à informação ou atendimento. Parece estar vinculado tamanho da dignidade que se mede da criatura que reivindica direitos.
“Um instante” vai depender, principalmente, do desprendimento e boa vontade de quem vamos esperar; dependerá do seu estado de espírito e humor. Quanto mais se prolongar o “um instante” mais irritabilidade despertam nas criaturas intolerantes e está arranjado o caminho para as discussões, intrigas e ameaças.
Esta expressão está associada à falta de dedicação exclusiva à pessoa que busca auxílio ou informação, muito comum nos “call center” que aqui apelidamos de atendentes de telemarketing. Nunca a resposta ou o efetivo atendimento se processa naquele espaço de tempo, o que evidencia o curso de um engodo, da mentira e falta de respeito, atributos altamente negativos.
Tem o condão de ser uma “mentirinha de nada”, inofensiva no entender dos que desconhecem a espiritualidade e apelam para esse expediente escuso. No íntimo, zomba de quem lhes procura em busca de qualquer socorro.
É preciso estar preparado para reagir ao “um instante”, “só um minuto” ou equivalente, exercitar a paciência e tolerância e emitir bons pensamentos, pois a intenção é perturbadora, ainda que nem seja este o objetivo. Em resumo: não querer para si a obsessão que avassala os outros.