sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Racionalismo das Luzes


O que a criatura humana tem de mais valioso é a capacidade de raciocinar. Um de seus desafios é a compreensão dos porquês da vida. E nessa busca, o homem trilha por dois caminhos: a fé e o racionalismo, que são antagônicos. A fé aceita e compreende tudo sem um pingo de razão. É o fideísmo. O racionalismo tudo compreende sem ter fé.


Qual é a graça de se acreditar nos absurdos, nas coisas que não resistem à menor investigação racional?


É uma pena, mas cada vez mais “há pessoas que preferem as ações negativas às positivas, o nada ao todo, o atraso ao progresso, a dúvida à certeza, o fracasso ao êxito, o medo à coragem, e a escuridão à luz, cavando a própria sepultura” (frase de Luiz de Mattos, em 1910, no Livro Básico).
Agora, do lado de cá dos Pirineus, uma new age européia está aderindo ao Racionalismo das Luzes, que prega a autonomia absoluta da razão. Só por isso, já seria motivo para comemoração. Os agers vão mais longe. Não se contentam apenas com a hegemonia da razão, rejeitam completamente a existência de um deus transcendente. Foi para tentar impedir o inapelável avanço dessa filosofia que Verlinde escreveu “Imposturas Anticristãs. Dos Evangelhos Gnósticos ao Código da Vinci”, e o tiro saiu pela culatra. Logo ele, um cientista nuclear e curandeirista, que rejeitou a razão e se fez padre.
E o Racionalismo das Luzes que prospera entre os new agers da França feito chuchu na serra nada mais é do que os conceitos prodigalizados por Luiz de Mattos em 1910, com o Racionalismo Cristão e suas idéias de luzes espirituais e mundos de origem, tendo como base a razão.
Uma coisa é certa e sem volta: a europa está recusando a fé sem razão, acreditar só por acreditar ou porque alguém assim determinou. Os religiosos, vistos como parasitários, reconhecem que a Europa abandonou as igrejas, mas festejam que os descontentes (ou descrentem) , por falta de instrumentos que auxiliem as forças superiores lá como aqui, não sigam integralmente o Racionalismo das Luzes, mas, dedicam-se ao ocultismo vulgar, o baixo baixo espiritismo, o que é um fato.
É fantástico o crescimento das publicações agnósticas e esotéricas em Portugal, na França, Alemanha, Espanha e até na Itália. Não dá mais para fazer acreditar em milagres, vida eterna, em necessidade de suplicas e pedição e imploração. Não chega a empolgar dizer que as religiões estão sendo perseguidas, coitadinhas!, como foram os judeus por Hitler.
Os princípios prodigalizados por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, discretamente, espalham-se pelo mundo, ganham mais força na Europa e estão sendo assimilados, intuitivamente, pela New Age (Nova Era). Não é novidade, mas via redes sociais na internet (Twitter, Facebook, Orkut e inúmeros blogs e portais) o pensamento racionalista cristão defendido por Luiz de Matos ganha corpo e se espalha-se por toda Europa.
O desligamento de seitas e religiões foi o sinal de alerta para os líderes religiosos, que se esforçam para tentar reverter esse quadro. Outros preferem adaptar os negócios da fé à filosofia New Age. Pensadores religiosos, como o padre francês Joseph-Marie Verlinde esforçam-se para tentar impedir essa nova tendência mundial.
De um lado, os fideístas, que defendem a fé sem a razão. De outro, os agers, baseados integralmente no racionalismo que tudo compreende sem fé nem misticismo. Enquanto o Racionalismo das Luzes cresce sem planejamento, disciplina ou liderança, na mesma proporção e em sentido inverso multiplicam-se orquestradas campanhas de combate à razão. Acabam mais favorecendo do que atrapalhando o racionalismo.
PENSAMENTO NEW AGE
Os seguidores da New Age, a rigor, não professam nenhuma religião ou seita. Muitos já foram adeptos fiéis das mais tradicionais religiões ocidentais. A base de sua filosofia é a espiritualização dos seres humanos, o bem, o correto e o racional. Repelem a fé sem razão, defendem as leis naturais e imutáveis, a lei de causa e efeito, a reencarnação e evolução do espírito, tal e qual codificou Luiz de Mattos ao criar o Racionalismo Cristão.
O mais curioso é que os milhões de praticantes da New Age não seguem uma liderança. Em face disso, aquela doutrina tem sido vítima de toda sorte de espertalhões. Praticantes do baixo espiritismo, sob os mais variados nomes de mensageiros das luzes, curandeiros, videntes, estão se locupletando às custas dos new agers de boa vontade e sem muita convicção.
Na esteira desses embusteiros, que além de “consultórios” fixos nas maiores cidades da Europa exploram site na Internet, Joseph-Marie Verlinde,  aproveita para demonstrar o retrocesso do espiritismo, mesmo consciente de que a nova filosofia rejeita conceitos de religião e fé. Pelo contrário: está em franca guerra ao fideísmo.
Os new agers seguem o mesmo filósofo que encantou Luiz de Mattos, Renné Descartes, de grande conceito em seu país, residindo, talvez, nesse particular, a expansão do Racionalismo das Luzes na França.
Os new agers não sabem é que foi justamente um europeu, Luiz de Mattos, quem codificou a doutrina que agora influencia e contagia milhões de pessoas pelo mundo. A imortalidade do espórito, a existências de mundos próprios e de estagio, a evolução conforme explicada no livro básico do RC, os new agers seguem e defendem esses princípios, pregando o bem como maior responsabilidade do homem.

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